segunda-feira, 29 de abril de 2013

As Obras Obscuras


Melancolia, suspense, obscuro, amedrontante. Essas foram algumas das classificações que soaram da boca de alguns seres depois de ouvirem as tais peças obscuras do Led Zeppelin.

Podemos perceber que as obras são carregadas de energia, misticismo e até mesmo ocultismo.

O que será que Jimmy, Plant, Jones e Bonham estavam tentando dizer com essas músicas sobrenaturais?

Vejamos uma lista com algumas delas:

1 - Babe I'm Gonna Leave You

Inicia-se um dedilhado místico, inspirado por uma sonoridade folk. Plant nesta faixa, altera seus vocais em um tom de lamento baixo, até gritos insanos de desespero. Uma vez, ouvi um boato de que dava para se ouvir uma voz fantasmagórica entre as frases, mas nunca consegui identificar nada. Logo após os dedilhados, a música entra em seu climax, com uma virada que cai em um riff genial, que retrata muito bem o desespero e o lamento. O momento dá a sensação de estar caindo de um penhasco, enquanto Plant se encarrega de soltar um grito longo e contínuo, simulando muito bem um infeliz em queda mortal.

2 - Dazed and Confused

Grandes astros do rock já afirmaram que o heavy metal foi criado com  essa faixa. Um riff medonho é conjurado por Page e Jones, do tipo que se escutado uma vez, vai perdurar por sua vida até o fim. Sonoridade macabra é pouco para descrever esta genialidade. Bonham, como sempre, sabendo dosar sua cavalaria rítmica. Existem momentos em que ele espanca a bateria, demonstrando toda sua insanidade, mas também momentos em que ele simplesmente dita um ritmo tranquilo e solene. Page invoca seu arco de violino nesta faixa, só pra deixar o lance mais trevoso. Arrancando sons estridentes e alguns outros cósmicos, o mago parece fazer amor com seu instrumento. Senhor Plant não se intimida perante o mago, aqui ele não se mostra ''tonto e confuso'', alcança notas endiabradas e chama Jimmy para o tipico ''Duelo Voz e Guitarra'', que então se torna marca registrada dos dois.

3 - Four Sticks

Riff simples, mas porém frenético! Four Sticks é uma viagem por um turbilhão espacial! A letra instiga sua mente a tentar decifrar o jogo de palavras que é abordado. ''E quando as corujas cantarem a noite, Ó querida, quando os pinheiros começarem a chorar...'', esta é uma pequena parte que se destaca do lirismo. A parte rítmica é muito peculiar. Bonzo, por alguma razão, ficou louco e pegou quatro baquetas para fazer a sessão, o resultado foi magnífico, puta que o pariu! Interpreta facilmente uma frenesi descontrolada. Page dá um toque refinado na peça, introduzindo sua paixão pela sonoridade acústica e crua. Com acordes que nós passam a sensação de movimento para locais determinados aleatoriamente, ele nos mostra a magnitude de um simples jogo de acordes bem feito.

4 - In The Light

Introdução, essa é a parte que chega mais perto do divino ou do sobrenatural. Nesse 1 minuto e 13 segundos, se você fechar os olhos, ou apenas deixar o som invadir o seu complexo auditivo, alcançará as mais belas planícies de uma terra proibida à aqueles que não compreendem o Zeppelin de Chumbo, concentre-se um pouco mais e conseguira sentir a uma brisa inspiradora, vinda do oeste, deixe-se levar por esses vales que escondem os mais inusitados segredos. In the Light possui versos carregados, soturnos e que nos fazem refletir em base da letra. Depois o clima muda totalmente, do pântano lodoso o Zeppelin flutua até um vilarejo calmo, feliz e luminoso. Plant, então, profere as palavras-chave da peça: ''Everybody needs the light!''. Apesar de todos sermos obscuros bem no fundo, precisamos da luz...

5 - Kashmir

Indescritível, simplesmente nada pode descrever Kashmir... Plant, desbanca a perfeição com sua composição lírica, ''I am a traveler of both time and space to be where I have been.'', vá se foder! Cada verso nasceu para estar ali, nenhuma outra obra suportaria tal peso. Segundo os integrantes, a música relata uma viajem do vocalista para aquelas redondezas de Kashmir, e tudo é tão colossal que até Jimmy, O Mago, desenvolve um riff genial, que nos passa a sensação de estarmos nos aproximando de um destino arrebatador. ''TAN DAN DAN, TAN DAN DAN TAAAN, TAN DAN DAN, TAN DAN DAN TAAN, TAN DAN DAN, TAN DAN DAN TAAAN, TAN DAN DAN!'', não existe uma alma penada que não conheça a sequencia, quando começa a ecoar, os fantasmas surgem, os mortos se reviram e aqueles que pertencem a noite se sentem em casa... Para finalizar, um toque refinado árabe aparece em meio ao deserto, somos levados para as areias mais quentes do universo, onde o sol furioso, queima em chamas violentas.
Resumindo, Kashmir é a música que deve tocar em qualquer velório digno!

6 - No Quarter

Aterrorizante! A gravação de estúdio, possui os vocais mais macabros que já foram registrados! ''Close the doors, put out the light, you know they won't be home tonight...'' No Quarter fala de um povo que não tem piedade, que anda lado a lado com a morte e que traz notícias que precisam chegar...
John Paul Jones transfere sua mente para o teclado, nos mostrando um vortex de ventos frios e violentos, mas que também se acalmam como crianças que pegam no sono, Jimmy, cria um acompanhamento guitarrístico inigualável! Solando em momentos de euforia, onde cada nota disputa para ecoar por mais tempo que as outras, magnífico! Bonzo e sua cavalaria estão como sempre, enquanto Robert, preferiu frases curtas, poucos gritos, mínimos uivos... Fica em silêncio em grande parte da música, mas retorna sempre quando necessário, evocando sua voz de um obscuro limbo particular.

7 - In The Light (Alternate Version)

Essa faixa fala por si só.







  

Um comentário:

  1. Hail amigo.

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    Valeu!

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